Abstract
0 texto busca refletir sobre o movimento e os tempos da memória (nem sempre redutíveis ao(s) tempo(s) da historia), sobre o caráter de descontinuidade que a singulariza e sobre a função aí inscrita de atualização das experiências outrora vividas. Assim procedendo, a memória constrói um tempo (carregado de afetividade) que, articulando ao seu modo passado/presente/futuro, remete Imediatamente à dimensão espacial. Os tempos da memória designam ao mesmo tempo lugares de memória: toda memória (individual ou coletiva) vale-se de lugares (concretos e/ou simbólicos) para se exprimir, materializar-se. Esse movimento lhe é portanto, intrínseco e não exterior como a noção de lugar de memória enquanto memória historicizada tem difundido.